Confira o nosso Guia de Doenças: Doenças Bacterianas Foliares e Vasculares

O complexo Xanthomonas e Pseudomonas e a sepse causada por Pactobacterium carotovorum

As doenças bacterianas são desafios significativos no cultivo de plantas, especialmente em condições tropicais e subtropicais, onde o ambiente favorece o desenvolvimento de patógenos. Em ambientes protegidos, como estufas, surtos de manchas bacterianas são comuns devido à persistência de inóculos no solo. Entre os principais agentes causadores estão os complexos Xanthomonas, Pseudomonas, e a sepse provocada por Pectobacterium carotovorum.

Problemas em Campo Aberto e Ambientes Protegidos

No campo aberto, o complexo de manchas bacterianas é frequente e pode ser altamente agressivo, resultando em perdas expressivas de área foliar, prejudicando a produção e qualidade das plantas. Em estufas, a presença contínua de inóculos no solo favorece a recorrência das doenças, tornando a gestão dessas condições mais desafiadora.

Principais Patógenos e Seus Sintomas

Xanthomonas

• Folhas: Manchas necróticas cercadas por tecido amarelado, distribuídas aleatoriamente, geralmente nas folhas mais velhas, iniciando pelas inferiores.
• Perdas: Considerável redução da área foliar.
• Frutos: Lesões começam como pequenas manchas que evoluem para depressões necróticas.

Pseudomonas syringae

• Frutos: Manchas escuras que não evoluem para depressões marrons.
• Plantas: Mortes associadas a danos no sistema vascular, com medula intacta e sem lesões aparentes.

Pseudomonas corrugata

• Folhas: Amarelamento intenso, similar à murcha por Fusarium, acompanhado por necrose na axila das folhas afetadas, geralmente de cor preta.
• Caules: Apresentam podridão severa da medula, que se torna necrosada.

Pectobacterium carotovorum

• Plantas: Murcha verde semelhante à causada por Ralstonia solanacearum e corticose radicular, com padrão agregado em linhas ou áreas contíguas.
• Medula: Desintegração completa.
• Frutos: Ataques que levam à podridão líquida, com odor desagradável, conhecida como "fruta ácida".

Gestão Integrada de Doenças Bacterianas

O manejo eficaz das doenças bacterianas exige uma abordagem integrada, com foco na prevenção, controle e redução de inóculos. As principais práticas incluem:

1. Restrição ou proibição da entrada de pessoas não autorizadas nas instalações.
2.  Recusa em produzir mudas a partir de sementes de origem desconhecida ou suspeita.
3. Rotação de culturas que não sejam hospedeiras da doença. 
4. Uso de produtos fitossanitários erradicadores e bactericidas de efeito comprovado.
5. Repovoamento de microrganismos benéficos, como espécies de Bacillus e Trichoderma.
6. Redução do potencial de inóculo e de doenças.
7. A redução do potencial de inóculo de doenças, que⁠ é a "economia" de doencas transmitidas pelo solo.
8. Evitar o excesso de nitrogênio amoniacal nas fases de desenvolvimento e produção de frutos.