Entendendo os hábitos de florescimento do pepino

  • O pepino pode ser monóico ou ginóico no padrão de

florescimento.

  • Variedades ginóicas produzem somente flores femininas e

possuem um período de produção mais concentrado.

  • Existem também variedades que são partenocárpicos, que

não necessitam de polinização para produzir frutos.

Figura 1. Macho (esquerda) e fêmea (direita) flores de pepino. Figura 1. Macho (esquerda) e fêmea (direita) flores de pepino.

O pepino, assim como outras cucurbitáceas, produz flores masculinas e femininas separadamente na mesma planta (Figura 1). Em termos botânicos, significa monóico (uma casa); neste caso a flor masculina contém o estame (que produz o polen), enquanto as flores femininas possuem o pistilo, que contem o óvulo. O contrário são plantas que possuem flores “perfeitas”, que possem tanto a parte masculina, quanto a feminina na mesma flor, como tomate e feijão.

Ambas as partes precisam estar presentes, de forma que o polen da flor masculina possa fertilizar o óvulo da flor feminina para produzir sementes viáveis. O pólen do pepino é produzido em uma massa grudenta que não é carregada pelo vento, portanto, a polinização necessita da ajuda de insetos polinizadores para fazer o carregamento do material de flor macho para flor fêmea, sendo a abelha o polinizador mais comum. Uma vez que o polen é depositado na flor feminina, ele germina e cresce em direção do óvulo, onde a fertilização ocorre.

Enquanto o óvulo fertilizado desenvolve, hormônios são liberados para estimular a divisão e expansão das células do futuro fruto. O desenvolvimento do fruto de pepino geralmente depende da presença de uma quantidade adequada de sementes; sem essa quantidade adequada de sementes fertilizadas, o fruto aborta ou fica deformado (Figura 2).

Enquanto variedades mais velhas ou selvagens são monóicas, as variedades mais novas podem ser tanto monóicas quanto ginóicas. Neste contexto, o termo monóico se refere a plantas que possuem flores masculinas e femininas em número semelhante. Plantas ginóicas produzem somente flores femininas, existindo também materiais que produzem a maioria das flores femininas, sendo esses materiais conhecidos como predominantemente feminino (PF).

Figura 2. A polinização inadequada resulta no aborto de frutos ou na formação de frutos disformes. Figura 2. A polinização inadequada resulta no aborto de frutos ou na formação de frutos disformes.

Pepinos monóicos

A maioria dos materiais mais antigos produz mais flores masculinas que femininas, essas flores crescem geralmente no ramo principal, antes e em quantidade maior que as flores femininas; o que significa que quando as flores femininas estiverem prontas para serem polinizadas, haverá polen já viável para a polinização.

Condições ambientais também podem interferir na proporção de flores masculinas e femininas¹, como por exemplo a densidade de plantas, em alta densidade, há competição por nutrientes, água e luz do sol, resultando num estresse que aumenta a proporção de flores masculinas. Outros estresses, como danos por insetos, pouca incidência de luz do sol, falta de água, acabam por fazer com que a planta tenha menos flores femininas¹. Essa proporção também sofre interferência pela temperatura: altas temperaturas diminuem a produção de flores masculinas, enquanto baixas temperaturas levam a uma menor produção de flores femininas.

Pepinos ginóicos

A maioria dos pepinos modernos é do tipo ginóica², que produzem uma grande quantidade de flores femininas e em período mais concentrado, sendo portanto, bastante produtivos. Essa produção concentrada tem favorecido a mecanização da colheita, ao contrário do que ocorre com os pepinos monóicos, que produzem uma quantidade bem distribuída ao longo do período de colheita, que geralmente é longo.

A flor feminina dos pepinos ginóicos também necessita de polen de flores masculinas para ser fertilizada, nesses casos uma porcentagem de plantas monóicas é plantada junto ao material ginóico, para servir como polinizador. A maioria das empresas fornece uma porcentagem do material e do polinizador no mesmo pacote de semente, contendo de 85 a 90% do material ginóico e o restante do material monóico. Esses blends possibilitam a proporção ótima de flores macho e fêmea, resultando em uma boa produtividade.

Figura 3. Frutos de pepinos com sementes (esquerda) e sem sementes (direita). Pepinos partenocarpicos são usados para produzir frutos sem sementes. Figura 3. Frutos de pepinos com sementes (esquerda) e sem sementes (direita). Pepinos partenocarpicos são usados para produzir frutos sem sementes.

Pepinos partenocárpicos

Além dos pepinos tipo monóico e ginóico, existe também o tipo partenocárpico, que ao contrário dos materiais ginóicos e monóicos não necessita de polinização para produzir frutos. Essas variedades são sem semente (Figura 3), e o fruto se desenvolve na ausência deles. Essas variedades podem produzir semente, se polinizadas, neste caso, para a produção de frutos comerciais, seus campos devem ser plantadas longe de campo com variedades com semente, para manter o valor comercial de seus frutos sem semente³. Pelo fato dessas variedades partenocárpicas produzirem pouca semente, seu custo de produção é alto, maior quando comparado com os demais tipos de pepino.

O desempenho pode variar de local para local e de ano para ano, uma vez que as condições locais de crescimento, solo e clima podem variar. Os produtores devem avaliar os dados de vários locais e anos, sempre que possível, e devem considerar os impactos dessas condições nos campos do produtor. As recomendações deste artigo são baseadas em informações obtidas das fontes citadas e devem ser usadas como referência rápida para informações sobre doenças de couve-flor. O conteúdo deste artigo não deve ser substituído pela opinião profissional de um produtor, agrônomo, patologista e profissional similar que lida com essa cultura específica.

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Fontes

¹ Schultheis, J., Averre, C., Boyette, M., Estes, E., Holmes, G., Monks, D., and Sorrensen, K. 2016. Commercial production of pickling and slicing cucumbers in North Carolina. North Carolina State Cooperative Extension. AG-552

² Orzolek, D., Kime, L., Bogash, S., and Harpe J. 2010. Cucumber production. Penn State Extension. Agricultural Alternatives. UA463

³ Wyenandt, A., Kuhar, T., Hamilton, G., VenGessel, M., and Sanchez, E. 2016 2017. MidAtlantic commercial vegetable production recommendations.

 ⁴ Fanourakis, N., and Tzifaki, E. 1992. Some relationships of seed production with parthenocarpy and relative humidity in the cucumber. Cucurbit Genetics Coopertive Report 15:11-12

 

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